Desde a última semana o que mais ouço falar é sobre o novo programa de Fátima Bernardes, na TV Globo.
No entanto, diferente do que poderíamos imaginar, levando em consideração que a jornalista é uma das mais conhecidas e amadas do Brasil, periódicos, tabloides e sites da internet foram abarrotados de críticas, por muitas vezes duras e exageradas, e o Ibope foi declinando.
"Encontro com Fátima Bernardes" estreou no dia 25 de junho, com 10 pontos de audiência, logo após o "Bem-Estar" e ocupando o lugar que antes era da "TV Globinho". Após quinze anos à frente do telejornal de maior audiência do Brasil, a apresentadora resolveu se aventurar em um novo projeto, que trata-se de um programa de debates sobre atualidades e comportamento. Até aí, nada de diferente em relação a tantos outros que já vimos. A não ser a presença da ex-dama do "Jornal Nacional".
Talvez por esse motivo esteja a intolerância do telespectador. Infelizmente, estamos acostumados a ver Fátima Bernardes em horário nobre, atrás de uma grande bancada, com ar de seriedade e ao lado de Wilian Bonner.
Agora, além de comandar o programa sozinha - apesar de contar com uma equipe de repórteres e comentaristas -, por mais que o assunto seja de grande relevância, nossa querida jornalista se permite trajar um belo vestido, sorrir e interagir com os convidados e o público.
Bem, o programa não decolou e a audiência caiu até meados desta semana. No último dia 04 de julho, finalmente as coisas parecem ter entrado nos eixos e, para a alegria de muitos, incluindo o Willian Bonner, "Encontro com Fátima Bernardes" reassumiu a liderança.
Normalmente eu aguardo um pouco mais para avaliar uma nova produção, mas me senti na obrigação de falar. As inúmeras críticas me incomodaram por vários motivos. Achei exageradas, pretenciosas e algumas até maldosas. Como, por exemplo, as que apontavam os fãs de programas infantis satisfeitos com a queda da audiência, uma vez que a nova produção seria responsável pela retirada da "TV Globinho" do ar.
O ser humano falha, mas pequenos erros não devem ter peso suficiente para derrubar um trabalho. Trata-se de um programa novo, com uma produção cheia de gás e o mínimo que as pessoas deveriam ter é paciência. Aos poucos, tudo se encaixa. Ou não. Mas isso somente o tempo dirá.
Tatiana Bruzzi é colunista do NaTelinha e editora dos blogs:
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NATELINHA